canções, poemas, escritos

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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

amostra


cansei de andar a mercê 
procurando outra igual a você
pelas paredes brancas, brandas 
desta cidade em chamas

e o vento vem me dizer 
que esse corpo precisa viver
encontrar novas céus prum sol 
quando a cidade samba

e o apito anima o passo e vence a multidão

vem dançar comigo morena
não vejo hora nem o problema
de dançar virar uma pele só
sob a luz do sol
vem dançar comigo moreno
não vejo a hora nenhum dilema
em dançar virar uma pele só
sob a luz do sol

cansei de andar sem saber 
conjugar no passado sofrer
me envolver do metal da lua 
nesta cidade nua

chamei o sangue a ferver
borbulhar no meu peito o dendê
feito ambulância solta e louca na rua 
morder na carne crua

e o grito invade o espaço e vivo na multidão

(refrão)

vem dançar, vem comigo vem
me mostrar o que você tem
vem pousar nos meus lábios sem cor

uma amostra do seu ardor

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